quarta-feira, 11 de maio de 2011

Hipnose

O que é a Hipnose?
A hipnose é um estado de alteração da consciência. Sob hipnose, toda a atenção se concentra sobre um objecto ou sobre uma pessoa em particular, excluindo tudo o resto.
As falsas crenças em relação à hipnose são numerosas. Diz-se, erradamente, que esta é efectivamente uma espécie de sono. Pelo contrário, existem diferenças fundamentais entre estas duas condições. Sob a hipnose estamos acordados, também se temos os olhos fechados e o paciente não tem consciência do mundo que o rodeia.
Diz-se também, às vezes, que a hipnose é a manifestação de uma força magnética que coloca o paciente à mercê do hipnotizador, mas também isto é falso. O hipnotizador dá as instruções e ajuda o paciente a entrar em estado de hipnose, mas esta não pode ser imposta contra a vontade individual. Os estados hipnóticos são chamados também estados de transe e podem ser mais ou menos profundas.
A hipnose é conhecida desde a antiguidade. Já os sacerdotes- terapêuticos egípcios e os médicos gregos utilizavam a hipnose.
Muitas das grandes figuras da medicina ocidental - entre os quais, em particular, Freud - foram a uma certa altura fascinadas pelo seu potencial. No entanto, não passou muito tempo desde quando a maior parte dos médicos julgava a hipnose como um simples truque dos charlatões. Nos dias de hoje, a hipnose já não tem nada de mágico e é considerada um método útil para modificar o comportamento e tratar as doenças crónicas. A hipnose é particularmente eficaz no reforço de auto-estima, valorização e motivação pessoal, no tratamento da ansiedade, das fobias, da dor crónica, dos ataques de pânico, depressão, decepção amorosa e de muitas perturbações psicossomáticas.
Tem-se feito recurso à hipnose também para ajudar os pacientes a perder peso, a deixar de fumar e de beber.
Alguns dentistas servem-se da hipnose para acalmar a dor nos pacientes alérgicos aos anestéticos e para atenuar o medo muitas vezes associado aos tratamentos odontológicos.

O que acontece sob hipnose?
Existem vários métodos para induzir um estado. O paciente deve assumir uma posição cómoda, a seguir o hipnotizador lhe pedirá para concentrar o seu olhar num ponto fixo por alguns minutos, para relaxar os músculos, para prestar atenção a uma frase repetida várias vezes lentamente. A este ponto experimenta-se as seguintes sensações:
-perda de consciência no que diz respeito ao mundo circunstante;
-percepção aguçada das funções internas, tais como a respiração e o batimento cardíaco;
-sensação de ligeireza em todo o corpo.
A sugestibilidade resulta acentuada: experimentam-se sensações sugeridas por um terapeuta (por exemplo, o frio, também se o lugar está perfeitamente aquecido). 
As modificações físicas às quais é sujeito um paciente sob hipnose são o abrandamento da respiração e do batimento cardíaco, uma diminuição da sensibilidade a nível do sistema nervoso periférico e da dor, para além das modificações da actividade cerebral, avaliáveis mediante electroencefalograma.
Durante a sessão de hipnose o terapeuta pode provocar sugestões relativas ao problema tratado – por exemplo, o tabagismo – e pedirá ao paciente para imaginar-se livre daquele hábito.
O objectivo da sugestão e da visualização é aquele de influenciar o subconsciente na vida quotidiana. Mas esta operação pode ter êxito somente se o paciente o deseja verdadeiramente.

A hipnose é uma experiência desagradável?
A maior parte dos indivíduos hipnotizados descrevem-na como uma experiência bastante agradável, no decurso da qual se tem a sensação de uma extensão da consciência.

Quanto tempo dura a hipnose?
Uma sessão de hipnose, geralmente, não dura mais de uma hora. A duração de uma terapia depende de muitos factores, assim como das motivações e das expectativas do paciente.
O sucesso da terapia está subordinado ao empenho do paciente em enfrentar o próprio problema (a abstinência do tabaco ou o excesso de peso, por exemplo).
A sugestibilidade varia segundo os indivíduos, mas é possível treinar-se para alcançar mais rapidamente o estado de transe. O terapeuta pode também ensinar ao paciente a auto-hipnose, de maneira que este possa prosseguir sozinho o tratamento.

Complicações

Normalmente não existem complicações. No final da sessão o hipnotizador induz verbalmente o despertar. Pode acontecer, muito raramente, que um paciente não deseje acordar. Algumas pessoas são refractárias à hipnose e por conseguinte esta terapia não terá nelas nenhum efeito. Por vezes é difícil visualizar as causas de certas angústias, sobretudo no caso de indivíduos muito deprimidos ou frágeis.
Muitas pessoas colocam na hipnose um excesso de expectativas e correm o risco de permanecer desiludidas.

ATENÇÃO
A hipnose não cura doenças como tumores, infecções, etc. Devem ser condenados aqueles que aconselham a hipnose como remédio miraculoso.
A hipnose com objectivos terapêuticos é praticada pelos médicos, nos consultórios ou no hospital, seguindo uma série de regras deontológicas e profissionais muito rígidas.

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