A importância de uma boa respiração para o equilíbrio do corpo e a manutenção de uma boa saúde é reconhecida por todas as formas de medicina. Também o yoga e as artes marciais orientais acreditam na importância deste facto e ensinam o controlo da própria energia corporal.
Respiração e Yoga
Ao contrario da ginástica tradicional, a respiração encontra-se na base de todos os exercícios físicos de Yoga. Os princípios gerais desta técnica respiratória são fáceis de pôr em prática.
A respiração começa com uma longa expiração, a mais completa possível, como um suspiro prolongado ao máximo. O individuo espera portanto sentir espontaneamente a necessidade de inspirar, que começa com o levantamento de ventre e da bacia. A inspiração é em seguida lentamente prolongada com a expansão da caixa torácica; este efeito obtém-se levantando as costelas e não requer nenhum esforço muscular exagerado. Para que a inspiração seja completa, também as costas devem participar eliminando as curvaturas inúteis, enquanto o esterno se dilata ao máximo. No final da inspiração as narinas dilatam-se como quando se cheira um perfume.
A respiração de ciclos inspiração-expiração lentos e perfumados permite atenuar as tensões internas, reduzir a ansiedade, descontrair os músculos dorsais e abdominais, tomar consciência do próprio corpo através desta função que habitualmente usamos em modo automático.
Respiração e osteopatia
A expiração é levada ao extremo curvando as costas e reflectindo a cabeça em direcção ao umbigo. A sucessiva inspiração lenta e profunda é acompanhada por uma extensão da coluna vertebral com a cabeça levantada e o queixo em protrusão para a frente. A operação deve ser repetida várias vezes com a perna flectida com a coxa encostada ao abdómen, o joelho dobrado em ângulo recto e flectindo as pernas uma depois da outra com extrema lentidão.
Através do controlo dos movimentos respiratórios consegue-se assim relaxar os músculos para vertebrais.
Respiração relaxamento e ginástica
A fase de relaxamento que precede destes exercícios compreende um período de respiração controlada, lenta a profunda, indispensável para distender quer os músculos dorsais quer os abdominais. Depois de vários exercícios de distenção, de controlo do corpo, de descontracção, conclui a sessão uma última fase de respiração controlada.
Alguns terapeutas normalmente prescrevem como complemento a estes exercícios alguns bocejos voluntários que acentuam os efeitos observados.
Respiração e psicoterapias
O controlo da respiração está incluído em várias técnicas de psicoterapia.
A hipnose, hoje utilizada em alguns sectores da medicina, pressupõe uma respiração lenta e controlada.
O “training” muito utilizado nas terapias comportamentais, começa com exercícios de percepção do próprio corpo, por conseguinte do batimento cardíaco e da respiração.
O bocejo é utilizado, juntamente com os estiramentos, para facilitar o despertar do tónus físico.
Também a sofrologia (técnica de relaxamento baseada na utilização combinada de palavras e música), frequentemente utilizada pelos desportistas profissionais para facilitar a concentração, compreende uma fase de controlo respiratório.
A meditação, as terapias de grupo e muitas outras técnicas utilizam a respiração controlada.
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